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Durante o período da pandemia escutamos muito o termo digitalização ou transformação digital. Naquele período, em função das restrições comerciais impostas pela Covid 19, houve uma necessidade das empresas em oferecer aos seus consumidores meios digitais de compras. Dessa forma, muitas empresas foram forçadas a acelerar um processo inerente ao desenvolvimento dos seus negócios, que é o processo de transformação digital.
Utilizando uma definição da Gartner, a digitalização é referente ao uso de tecnologias digitais para modificar um modelo de negócios, proporcionando novas fontes de receitas e oportunidades de agregar valor ao produto/serviço.
E a transformação digital é o processo pelo qual as empresas exploram as tecnologias digitais, ou seja, fazem uso da digitalização para se tornarem capazes de desenvolver um modelo de negócio digital robusto.
De fato, esse tende a ser um caminho sem volta em um mercado cada vez mais acirrado onde as empresas estão em um processo constante de inovação para adquirir alguma vantagem competitiva.
Feito essa contextualização, como a transformação digital está inserida na atividade de logística ou de gestão da cadeia de suprimentos das empresas?
De todas as definições sobre a digitalização da cadeia de suprimentos, a do Nelson Duarte Soares, Head de Inovação na especialidade de Digital Retail and Logistics, através da publicação intitulada “Digitalização da cadeia de suprimentos: Quais os desafios a serem superados?” na página da Stefannin Group foi a mais completa.
“A digitalização da cadeia de suprimentos é um esforço para a integração de dados, a automação de monitoramento e rastreamento, além da centralização de controle por meio de mecanismos que permitam o acompanhamento e a previsibilidade no caminho de suprimentos de sua origem até a empresa e da empresa até o consumidor final”.
Em um cenário de constante mudanças e desafios, ter uma gestão da cadeia de suprimentos eficiente ser torna vital no modelo de negócios das empresas.
A busca pela eficiência na cadeia de suprimentos irá cada vez mais esbarrar na necessidade de informações em tempo real para tomada de decisões on time. Para isso, ter os processos digitalizados, com confiabilidade das informações e ampla visibilidade de cada etapa do processo, é essencial para que gestão e planejamento sejam integrados entre os participantes chave na cadeia de suprimentos.
Terá maior vantagem competitiva, não a empresa, mas a cadeia de suprimentos que tiver a maior capacidade de agregar valor aos produtos e serviços e serem eficientes em seus processos.
Torre de controle
Torre de controle do espaço aéreo é responsável por organizar, controlar e coordenar a movimentação de aeronaves executando suas rotas diariamente em diferentes aeroportos no mundo. O setor de logística vem se apropriando dos conhecimentos adquiridos no controle do espaço aéreo para ter uma visão e controle 360º da cadeia de suprimentos como mostra a figura abaixo.
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Imagem extraída do site: https://www.gruposese.com/es/about-us-es/control-tower-es/
A Torre de Controle Logístico é uma ferramenta de gestão que funciona como um hub de informações capaz de monitorar e coordenar em tempo real as operações da cadeia de suprimentos.
Apesar de ser mais utilizada nas etapas do Last Miles Delivery, a Torre pode ter uma visão mais abrangente desde os fornecedores de matéria-prima, passando pela logística inbound até a entrega ao cliente final.
Imagem extraída do site: https://www.gruposese.com/es/about-us-es/control-tower-es/
Torre de Controle Logístico empresa Moby. Imagem extraída do site: https://torredecontrolelogistico.com.br/
![](https://static.wixstatic.com/media/0fea9b_3e66f23cc9ef47ccb01e7dce1e06b541~mv2.png/v1/fill/w_974,h_607,al_c,q_90,enc_auto/0fea9b_3e66f23cc9ef47ccb01e7dce1e06b541~mv2.png)
Torre de Controle - ServCargo - Imagem extraída do site: https://www.servcargo.com.br/torre-de-controle-integra-processos-e-garante-alta-perfomance-de-operacoes-logisticas/
A Torre de Controle tem como pilares a clássica sigla PPT – Pessoas, Processos e Tecnologias. Vamos tomar a operação de Last Mile Delivery como exemplo.
As pessoas, operadores da Torre de Controle, devem ser conhecedores do processo que estão monitorando, capazes de tomar decisão para que as metas de KPI (Indicadores de Performance) da operação seja atingida, como por exemplo o prazo da entrega, agendamento no cliente, desempenho dos motoristas, status das entregas em tempo real, etc.
Os processos devem ser monitorados em tempo real, padronizados com tarefas, rotinas e donos definidos, com planos de ação estruturados. Em certas situações é necessário ter uma árvore de decisão estabelecida. Se por exemplo o caminhão está aguardando muito tempo para descarregar no cliente por conta de divergências na Nota Fiscal, o Operador da Torre pode escalar a decisão ao time comercial da empresa para definir a solução.
A tecnologia sem dúvida tem seu papel fundamental na Torre, porém não pode ser considerada mais uma ferramenta na empresa. O sistema da Torre deve ser integrado aos demais sistemas da empresa como o ERP (Enterprise Resourcing Planning) que possui as programações de entrega, sistemas de monitoramento e rastreamento do veículo e o TMS – Sistema de Gestão de transporte que executa a roteirização das entregas. A ferramenta do Power BI é bastante utilizada na elaboração dos dashboards em tempo real.
A implementação da Torre de Controle tem feito com que as empresas consigam atingir o nível de eficiência logística esperado gerando um diferencial competitivo nos mercados em que estão inseridos, trazendo vantagens como: o monitoramento em tempo real proporcionando resposta rápidas aos desvios do plano, visibilidade de todas as etapas da cadeia de suprimentos, gerenciamento dos indicadores de perfomance, integração com os demais sistemas da empresa e melhor confiabilidade da operação.
Os artigos de colunistas são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da equipe do portal Minuto Logístico.
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Graduação em Engenharia de Produção Mecânica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Especialização em Logística Empresarial pela COPPEAD/UFRJ, Mestrado em Sistemas de Transportes pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, e Pós-graduação em Engenharia de Planejamento de Empreendimentos da Indústria de Petróleo e Gás pelo programa PROMINP. Atualmente é professor dos cursos de Administração, Engenharia de Produção e Engenharia Civil do Centro Universitário Serra dos Órgãos e Analista de Logística Sr. da empresa BR Distribuidora, lotado na Fábrica de Lubrificantes Lubrax. Tem experiência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Logística, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão da cadeia de suprimentos e pesquisa operacional.
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