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INTRODUÇÃO
Quando se fala em auditoria, imagina-se, muitas vezes, em uma forma punitiva em busca de se identificar “coisas erradas”. Imagina-se que alguém, ou um grupo de auditores, chegarão de surpresa para essas verificações. Mero engano. Só haverá Auditoria se for identificada sua necessidade, daí, a partir de um cuidadoso planejamento, sua aplicabilidade será efetivada com o envolvimento de todos aqueles do órgão a ser auditado.
É evidente que uma auditoria é algo planejado e, com um cronograma bem definido e, nunca, de forma inopinada. Objetivamente, a execução de auditorias nas operações logísticas estarão centradas no desenvolvimento de pesquisa e investigação de recursos metodológicos e em estudos de impactos operacionais, de forma teórico-prática em auditoria das organizações empresariais.
A auditoria é, portanto, a melhor ferramenta para a formação de um sistema de informação gerencial. É uma análise, planejamento, implementação e controle da execução das operações logísticas, visando o monitoramento e garantia de excelência em serviços logísticos.
Vale lembrar que uma auditoria, no seu bojo, visa apresentar, analisar e discutir os principais conceitos teóricos e práticos da atividade logística, sob um enfoque evolutivo e atualizado, com foco nas organizações contemporâneas, a fim de capacitá-las para a compreensão das relações empresariais e pessoais, tanto nas empresas privadas quanto nas empresas públicas.
O aprimoramento de sistemas de levantamento e análise de dados em busca de informações para a tomada de decisão, busca, principalmente, a criação de alternativas para enfrentar as diversas variáveis mercadológicas, cada vez mais mutáveis nos dias atuais.
A racionalização da atividade empresarial, por meio de uma efetiva gestão estratégica em busca de resultados positivos, é o que poderá ser definido após um completo relatório da auditoria. A adoção de modelos de administração, com a efetivação de processos auditoriais constantes e relevantes, quando necessárias suas realizações, tenderão a levar os gestores das atividades logísticas a tomarem as decisões compatíveis com os achados nos relatórios dessas auditorias.
O caminho desejado para a efetiva garantia de se fazer a coisa certa, ocorrerá após se ter desenhado processos alinhados com as exigências de uma cadeia de suprimentos (supply chain management), haja vista que a extração dos dados do relatório de uma efetiva auditoria irão encaminhar a gestão logística ao caminho correto de suas decisões.
Os conhecimentos básicos proporcionados pelo conteúdo objeto da auditoria permitirá o acompanhamento dos processos identificados nas operações logísticas relacionados aos processos de logística empresarial.
O entendimento dos mecanismos de participação no real desenvolvimento empresarial, em face da efetiva aplicação dos resultados observados na auditoria das operações logísticas, será o ponto culminante das atividades auditadas.
Enfim, auditoria não é fiscalização das atividades, mas, primordialmente, uma verificação do andamento dessas atividades dentro dos padrões definidos por qualquer organização empresarial.
PARA REFLEXÃO
“Quando as empresas desejam analisar a pertinência de terceirizar ou internalizar suas operações, quando necessitam qualificar e avaliar seus fornecedores, quando negociam complexos processos de compras de importados ou quando simulam mudança de fluxos de informações e de materiais, a passagem por um processo de auditoria logística é inquestionável para garantir melhores resultados nas decisões empresariais”.
Fonte: ROUX, Michel. VIEIRA, Darli Rodrigues. Auditoria logística. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2010.
OBJETIVAMENTE: O QUE É AUDITORIA LOGÍSTICA ?
É uma analise e uma efetivação do planejamento, da execução e do controle das operações logísticas. É uma forma de monitoramento e garantia da realização de forma correta dessas operações.
“Sistema independente e documentado, estruturado para obtenção e verificação das evidências e exame objetivo dessas evidências em relação aos critérios da auditoria , onde as conclusões da auditoria são devidamente relatadas, levando-se em conta os riscos da auditoria e sua materialidade”. Fonte: XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção - Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002
“Função organizacional de revisão, avaliação e emissão de opinião quanto ao ciclo administrativo (planejamento / execução /controle) em todos os momentos/ambientes das organizações.
Fonte: XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção - Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002
“Função administrativa que exerce a verificação/constatação/validação, via testes e análise dos resultados dos testes, com consequente emissão de opinião, em momento independente das funções administrativas de planejamento, execução e controle, consoante os três níveis hierárquicos empresariais principais: operacional, tático e estratégico.
Fonte: XXII Encontro Nacional de Engenharia de ProduçãoCuritiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002
“É um dos vetores mais poderosos da atualidade para se alcançar sustentabilidade nas cadeias de suprimentos”.
Fonte: ROUX, Michel. VIEIRA, Darli Rodrigues. Auditoria logística. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2010.
“Procedimento que consiste em verificar a qualidade de uma função ou de um serviço dentro de uma empresa”.
Fonte: ROUX, Michel. VIEIRA, Darli Rodrigues. Auditoria logística. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2010.
“Exame metódico e independente visando determinar se as atividades e os resultados relativos à qualidade atendem a requisitos estabelecidos e se esses requisitos são implementados de maneira eficaz, permitindo que sejam atingidos os objetivos”.
Fonte: Norma ISO 8402-1994, substituída pela NBR 9000.
Pode-se resumir auditoria com algumas palavras: Verificação; Análise; Observação; Exame; Avaliação; Relato Escrito, enfim, nunca confundir como atividade inopinada (imprevisibilidade; de maneira súbita; de surpresa; inesperadamente). Isso demonstra que não se pode confundir o que venha a ser, efetivamente, AUDITORIA.
FAZ-SE AUDITORIA, BASICAMENTE, PARA QUÊ ?
Em primeiro plano, faz-se auditoria para a obtenção de informações factuais para a tomada de decisões gerenciais da forma mais corretamente possível.
Em segundo plano, essas informações não podem ser tendenciosas sobre a gestão que está sendo auditada (ex.: gestão de armazém).
Na sequência, em terceiro plano, busca-se saber, com base em fatos, se a Administração Empresarial está ou não dentro das normas da governança estabelecida. Por fim, e não menos importante, procura-se identificar áreas de oportunidades tentando eliminar ameaças visando melhorias (Análise SWOT*) (*SWOT - Strengths, Weakenesses, Opportunities, Threats).
E, ainda, a auditoria visa, entre outros itens, aprimorar comunicações e motivações, avaliar desempenhos individuais com base em fatos, bem como avaliar o status e a capacidade de todo o equipamento e instrumentos que a Gerência possui e, também, levantar necessidades de treinamento e/ou desenvolvimento de recursos humanos, especializando-os para as sequências das corretas tomadas de decisão gerencial.
CONCLUSÃO
Em Síntese, é por meio das Auditorias que se buscam informações para que sejam introduzidas ações corretivas ao planejamento estratégico da Empresa, uma vez que toda gestão estratégica obriga (exige) a existência de Auditoria dos Sistemas de Gestão.
Há uma grande percepção por parte de muitas empresas sobre a necessidade de modernização em suas áreas de auditoria logística, haja vista que já se buscam, com muita frequência, medidas de desempenho cada vez mais aplicadas nessa área. O esforço é enorme nesse sentido buscando-se um efetivo alinhamento com as estratégias das corporações empresariais, particularmente na empresas que atuam na Logística Integrada Empresarial.
Em duas breves conclusões, o XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002 ENEGEP 2002 ABEPRO 1, enunciaram dois pontos distintos, a seguir ‘entre aspas’:
Conclusão 1: “Vale ressaltar que não existe uma única metodologia de auditoria logística, nem uma total equivalência à abordagem das auditorias gerencias. Entretanto, considerando-se que a auditoria do sistema logístico, assim como as demais auditorias de sistema, precisam estar integradas a um objetivo maior, devendo-se, integrar a auditoria logística a um sistema de auditoria organizacional”.
Conclusão 2: “As Auditorias devem ser desenvolvidas dentro de um contexto gerencial sistêmico, onde a Auditoria é vista genericamente sem caracterizar especificamente um ou outro foco”.
Em conclusão podemos citar a fonte ROUX, Michel. VIEIRA, Darli Rodrigues. Auditoria logística. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2010, que descrevem:
“Muitas empresas já perceberam a necessidade de modernizarem suas áreas de auditoria logística, de tal forma que as medidas de desempenho aplicadas na área, assim como o esforço a elas dedicado, estejam alinhadas com a estratégia corporativa”.
“Hoje, praticamente todas as áreas funcionais da empresa, seja ela industrial ou de serviços, são fortemente dependentes do adequado funcionamento das operações logísticas”.
“Gestão corporativa e operacional do Supply Chain, relação com fornecedores, distribuição de produtos acabados, gerenciamento de pontos de vendas, gestão de centros de distribuição, gestão de movimentação de materiais produto, assim como o próprio serviço ao cliente devem, todos passar pela auditoria logística, de forma a garantir máxima entrega de valor nas atividades”.
Evidencia-se, então, que a Auditoria Logística é a principal ferramenta para a melhor Tomada de Decisão Gerencial, a partir dos diagnósticos alcançados ao longo do período de verificação de dados, cujo relatório detalhado servirá à Gestão de Negócios Empresariais.
Colaboração: Prof. Luiz Geraldo de Souza Moura
Os artigos de colunistas são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da equipe do portal Minuto Logístico.
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Professor Universitário há 34 anos, ex-membro da Comissão de Logística do Conselho Regional de Administração (CRA/RJ) e de Núcleos Docentes Estruturante (NDE) em Curso Superior de Tecnologia em Logística e em Administração. Administrador de Empresas; Pós-Graduado (“Lato-Sensu”) em Administração e Gerência Empresarial; Bacharel em Ciências Administrativas (Administração de Empresas) e em Ciências Jurídicas (Direito); Consultor Empresarial nas áreas de Administração de Material e Patrimônio; Administração de Produção e Logística Empresarial Integrada (Supply Chain Management); Direito Societário; Logística Empresatial; Meio Ambiente (Auditoria Ambiental, Educação Ambiental, Legislação Ambiental e Sistema de Gestão Ambiental-SGA). Palestrante convidado em eventos Universitários e Empresariais. Ex-funcionário da PETROBRÁS (De 1963 a 1992) (Aposentado), lotado na Administração Central, Serviço de Material, tendo atuado como Assessor, Instrutor e Inspetor (Auditor) na Área de Administração de Material.
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