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Maturidade profissional: algumas reflexões sobre a postura necessária no ambiente de trabalho



Faz algum tempo que venho observando um diferencial importante e necessário na atuação diária no ambiente de trabalho: a maturidade profissional!


Não ouvimos nem lemos com regularidade sobre o tema, mas acredito ser uma reflexão salutar, pois sabemos que não basta o tempo de experiência em uma profissão ou os anos de vida de um(a) colaborador(a) para a atuação adequada, segura, ética e equilibrada.


Vamos abordar um tema que não tem sido muito veiculado, mas que engloba várias questões que lemos e ouvimos nos últimos anos: inteligência emocional, formação continuada, atitude colaborativa...

Não sou especialista em carreira e não tenho formação na área da psicologia. O meu interesse na condição de gestora tem sido o autoconhecimento para o ajuste das práticas e para a busca por conhecimentos que me permitam ampliar as habilidades e competências fundamentais para a liderança das equipes sob minha responsabilidade.


Na minha percepção a maturidade profissional está relacionada com aspectos como: bom senso, resiliência, atitude colaborativa, compreensão quanto às diferenças e individualidades, reconhecimento das conquistas e das limitações pessoais.


Uma marca predominante de um profissional amadurecido é a percepção quanto à necessária formação continuada.

Nenhum profissional está pronto, por maior que seja a sua titulação e por melhor que tenha sido a sua formação. Estamos sempre em processo formativo e, para além dos conhecimentos técnicos, as questões comportamentais de um profissional podem ser decisivas para as conquistas em sua carreira.


Ao investirmos em nossa formação pessoal/profissional de forma contínua, inevitavelmente evoluímos como seres humanos atuantes em coletividades (no plural mesmo).


Entendo que as aprendizagens aconteçam nas relações interpessoais, mas sabemos o quanto é difícil em alguns momentos o trabalho em equipe com pessoas diferentes!

Muitas vezes a palavra "time" é utilizada no lugar da palavra "equipe". Eu sempre que penso em "time" lembro de uma partida de futebol e aí repenso a palavra, pois time de futebol tem "atacante" e tenho um problema com essa palavra!


Na minha concepção atacante é quem deve atacar e considero o verbo perigoso! Não gosto da analogia do time com um atacante para pensar uma equipe de trabalho. Acabo reforçando e utilizando sempre o termo "equipe".


De acordo com o site www.significados.com.br, trabalho em equipe “é um sistema de trabalho desenvolvido por um grupo de pessoas, onde todos se dedicam na realização de uma tarefa, onde geralmente um dos participantes assume a liderança”.

Em meu ponto de vista, a maturidade profissional está associada a um comportamento ético e respeitoso. Além disso, precisamos reconhecer que o bom senso é um fator precípuo nas relações humanas e, claro, nas relações profissionais!


É complicado conviver diariamente em um setor (ou em qualquer espaço físico) com pessoas "sem noção"!!


Qualquer um de nós deve ter inúmeros exemplos e situações que podem ilustrar a dificuldade de compartilhar as horas com quem não apresenta a sensatez necessária ao ambiente coletivo. Ouço relatos de pessoas que falam alto demais, que contam experiências pessoais (e até sexuais), que julgam, criticam, reclamam o tempo inteiro.


Pessoas que não sabem respeitar as diferenças, as individualidades, as dores, as limitações, os diferentes tempos e momentos de cada um(a) ao seu redor.


Entendo que em nosso cotidiano levamos inevitavelmente para o ambiente de trabalho os nossos traços de personalidade, mas independentemente de nossos diferentes jeitos de ser e estar no mundo, precisamos buscar pequenos gestos de gentileza e cortesia com a equipe.


Posso relatar vários exemplos que vivencio diariamente na sala que compartilho com outras pessoas. Em nossa equipe temos o cuidado de deixar a temperatura da sala de forma que não fique ninguém congelando de frio nem derretendo de calor! Assim, a temperatura do ar condicionado é regulada de forma que todas estejamos em um ambiente agradável.


Outra situação que posso mencionar é que temos o hábito de tomar chá nas manhãs e tardes. Temos um “cantinho do lanche” e organizamos com tudo que compramos de forma espontânea e voluntária: várias caixinhas de chá para serem compartilhadas, biscoitos, torradas, geleias, pastinhas (que ficam no frigobar) e tentamos tornar os nossos dias mais saborosos. Cabe dizer que não existe uma regra para as contribuições, elas acontecem a partir da percepção coletiva da necessária colaboração para o bem-estar coletivo. Se todos gostam de um chazinho com biscoito nas tardes frias de inverno, todos podem contribuir com os "insumos" necessários, pois não dá para apenas alguns comprarem e outros apenas comerem e beberem.


Naturalmente vamos comprando e compartilhando, pois é importante e agradável para cada um(a) ter uma coisinha gostosa para os momentos do lanche!! Eu nem sempre compro os produtos, algumas vezes a gentileza está na lembrança em retirar as folhas de capim-limão da varanda da minha casa, levar fresquinhas, lavadinhas e cortadas para um cheiroso e saboroso chá de mato natural que agrada e tranquiliza a equipe em dias mais tensos e corridos, pois sempre existem aqueles momentos mais turbulentos nos quais um chazinho vai muito bem.


O tema central do texto é maturidade profissional e comecei a escrever sobre chás e geleias, mas o que isso tem a ver com uma postura profissional amadurecida??


A resposta é simples: a maturidade profissional está relacionada diretamente à forma como nos comportamos e nos relacionamos diariamente com as outras pessoas no ambiente de trabalho!


Precisamos ter respeito e consideração com quem integra a equipe e convém sempre ter zelo com o espaço compartilhado!

Um simples gesto de organização das cadeiras, de escrever um bilhetinho de forma cuidadosa após atender a uma ligação e registrar um recado, são exemplos de um cotidiano mais harmonioso e produtivo.


Entendo que um outro aspecto importantíssimo como expressão de maturidade profissional é saber ouvir, praticando a escuta sensível sobre o que o outro diz, mesmo quando não se trata de um assunto relacionado à atuação profissional.


Da mesma forma que é fundamental o cuidado no modo de falar, especialmente em momentos de pressão. Lembro que muitas vezes não tive o cuidado necessário para fazer uma solicitação ou para informar uma demanda urgente. Nós vamos ao longo dos anos refletindo sobre o nosso "fazer diário" e nosso "modo de ser" e considero fundamental a postura reflexiva voltada ao autoconhecimento para calibramos as nossas ações! Sem o exercício reflexivo constante e sem a análise das nossas práticas diárias deixamos de nos conhecer e perceber.


Para os ajustes em nossa conduta, é salutar que pensemos sobre quem somos e o que fazemos. Observar a nossa postura, ouvir a nossa fala e refletir sobre o nosso comportamento precisa ser uma realidade diuturna, pois temos o péssimo hábito de muitas vezes apenas observar (e julgar) as outras pessoas!


Considero também que a maturidade profissional está relacionada à proatividade, mesmo quando não concordamos com alguma atividade. Quantas vezes deixamos de ajudar e não nos envolvemos de forma colaborativa com alguma atividade que não surgiu de uma ideia nossa?


O foco nas atribuições diárias, dividindo as tarefas, dando apoio e assumindo responsabilidades para que os prazos sejam cumpridos é o mínimo esperado de todo e qualquer profissional!


Quando notamos que uma pessoa da equipe não está bem, cabe uma atitude compreensiva e respeitosa, permitindo um tempo maior de processamento das informações e realização das tarefas e, nesses momentos, se for possível perguntar: "o que posso fazer para ajudar? Há algo que eu possa fazer por você e para você?" certamente contribuirá para a outra pessoa, mesmo que seja apenas para que ela se sinta notada, respeitada e acolhida por alguém da equipe. Não precisamos ser invasivos, apenas respeitosos!


Por fim, trago uma reflexão encontrada no site: https://www.guiadacarreira.com.br/carreira/maturidade-profissional/


"A verdade é que maturidade profissional não é um nível hierárquico ou um momento que alguém chegará e irá te promover. “Olha, fulano, você alcançou a maturidade profissional e aqui está seu novo cargo enquanto um profissional sênior”.

As coisas não funcionam dessa maneira. Tudo é uma construção, uma trajetória que te leva ao autoconhecimento, que, por sua vez, te traz à concepção sobre ter maturidade profissional ou não. E não subestime o poder do tempo: há sempre o que aprender, há sempre algo novo para se especializar".


Não tenho dúvida que a inteligência emocional (especialmente o autocontrole e o autoconhecimento), a postura ética, respeitosa, sensata e gentil são evidências importantes da maturidade profissional que deixa marcas positivas em quem está por perto.


Os relacionamentos profissionais podem e devem ser formativos, educativos e harmônicos. Se partirmos do princípio que poderemos ensinar e aprender todos os dias, ficaremos mais atentos ao que dizemos e fazemos diariamente!


E você, quer nos contar sobre as suas experiências, seus exemplos e suas reflexões sobre o tema? Compartilhe conosco, pois será ótimo conhecer os relatos diferenciados e que poderão potencializar a nossa atuação profissional😉.


Os artigos de colunistas são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da equipe do portal Minuto Logístico.



Pedagoga, mestre em educação pela UFF e professora do ensino superior desde 1999 em universidades públicas (UFRJ e UERJ) e privadas (FAMATh, UCAM, UNIVERSO entre outras).


Atualmente atua como coordenadora pedagógica e acadêmica na Faculdade de Tecnologia Senac Rio, desde 2016.






Se você deseja aprimorar sua competências como LIDER e, desenvolver times de alta performance, gostaria de convidá-los a conhecer e se inscrever em nossos CURSOS.


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