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Motivação profissional: a importância das relações interpessoais no ambiente de trabalho



Recentemente participei de um evento no qual ouvi a seguinte colocação: “motivação é algo intrínseco”.


No momento pensei: “realmente, o nosso desejo para fazer qualquer coisa, vem de dentro de nós”! No entanto, fiquei um bom tempo com a frase na cabeça, resgatando as contribuições dos estudos na área da psicologia da educação e lembrando sobre o processo de aprendizagem que acontece de modo interpessoal para depois se tornar uma conquista consolidada no nível intrapessoal. A partir daí não conseguia parar de pensar sobre a importância/influência que algumas pessoas tiveram na minha vida (pessoal e profissional) no sentido de representarem uma grande inspiração/motivação!

Aquela velha máxima “o exemplo arrasta” infelizmente pode servir para o bem ou para o mal. Prefiro abordar aqui quando as atitudes de alguém nos influenciam positivamente, nos conduzindo para mudanças necessárias, construções significativas e realizações marcantes em nossas vidas.

Tive a oportunidade de conviver com gestores bem diferentes em minha trajetória profissional que completará 30 anos em 2023. Nessas 3 décadas foi possível conhecer e vivencias diversos comportamentos de diretoras de escola (públicas e privadas), coordenadoras de curso (em instituições de ensino superior públicas em privadas nas quais atuei na condição de professora nos cursos de graduação e pós-graduação desde 1999), general do exército (enquanto estive na condição de militar/oficial por oito anos na Escola Superior de Guerra), gerente de Unidade Operativa em instituição de ensino, diretor e diretora de faculdade isolada, enfim, aprendi com eles e elas. Confesso que em alguns momentos a minha observação e conclusão se resumia a definir o que eu não gostaria de seguir ou repetir se um dia assumisse a gestão de uma equipe e isso também representou alguma aprendizagem.

O que pretendo registrar nessas linhas é o seguinte: a motivação profissional pode sim ser resultado das experiências interpessoais que temos, especialmente no ambiente de trabalho. Acompanhar a forma de trabalhar diariamente de algumas pessoas pode ser contagiante ou desmotivante. Tenho muito mais motivos para destacar a motivação que é despertada pela admiração, aprovação e desejo de seguir os mesmos passos, pois foi assim comigo!

Considero que a motivação profissional pode ser potencializada pelas aprendizagens colaborativas, pelas referências positivas a partir da observação das práticas diárias, da forma de se envolver, conduzir, fazer diferente e deixar a marca pessoal nas relações interpessoais.

Um profissional que entende que basta fazer o mínimo necessário, que é adepto da “operação tartaruga” (quanto mais lento eu fizer o meu trabalho para atender a uma determinada demanda, menos tarefas precisarei assumir ao longo dos dias) não consegue se destacar e conquistar espaços diferenciados.


Percebo que algumas pessoas almejam cargos mais altos, mas pouco fazem para se destacar naquilo que fazem, indo além do “feijão com arroz” das suas atribuições. O brilho nos olhos, as iniciativas, o prazer em fazer diferente, em inovar, em incrementar as práticas diárias muitas vezes fazem com que os colaboradores sejam notados e valorizados.

Voltando aos relacionamentos interpessoais que contribuem para as motivações pessoais, destaco o papel dos gestores que permitem a autonomia da equipe, as experiências de autogestão, os momentos de troca e interação que fortalecem o grupo no sentido de crescimento individual para os resultados coletivos.

Recentemente li um parágrafo no site: https://ead.sestsenat.org.br/2020/03/13/relacionamento-interpessoal/ e considerei tão interessante no momento da leitura que “printei” para guardar e reler, motivo pelo qual reproduzo agora para compartilhar com vocês:


“Os gestores e o próprio setor de recursos humanos são fundamentais no momento de promover e preservar relacionamentos saudáveis nas empresas. No entanto, é necessário que cada colaborador entenda o papel ativo que possui na criação e manutenção de um ambiente onde haja respeito e cordialidade, onde os valores sejam incentivados a todo momento, sempre com base na missão ou nos objetivos da instituição”.

Serei sempre partidária das interações pessoais respeitosas que promovem segurança psicológica e atitudes colaborativas. Um profissional motivado contagia um grupo, impacta positivamente o trabalho de um setor e, consequentemente, os resultados de uma instituição. Sabemos que sozinhos fica mais difícil fazermos o que é preciso. Quando temos a tranquilidade e o estímulo para ações integradas, com cooperação e sem competição, os individualismos e egos inflamados perdem espaço.

Considero necessário explicitar os motivos pelos quais resolvi registrar as minhas reflexões complementando a tríade de textos escritos nos últimos meses sobre maturidade profissional, disciplina profissional e, agora, sobre motivação profissional.


Os meus motivos estão diretamente relacionados às observações diárias e percepções de comportamentos que precisam ser repensados e melhor compreendidos. Sinceramente eu entendo quem está cansado(a) pelas demandas diárias (dentro e fora do ambiente de trabalho), quem está desanimado(a) com as tarefas repetitivas, com a falta de reconhecimento e valorização que muitas vezes existe e, principalmente, pela ausência de respeito, diálogo, colaboração e segurança psicológica.

Sabemos que em algumas instituições fica cristalizada a cultura do medo, a lógica pautada na síndrome de Gabriela “eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim”...


As personalidades são muito diversificadas e os desafios são inúmeros. Quem nunca pensou que não daria conta de uma tarefa ou acreditou que o resultado esperado pelo “chefe” seria possível de ser entregue?

Com maturidade, disciplina e motivação podemos colocar em prática a filosofia Ubuntu. Para quem não conhece, trata-se de uma palavra do idioma Zulu que resume uma proposta/ideia/lógica a ser considerada em nossa civilização: “eu sou porque nós somos”.

Precisamos reforçar a percepção quanto à possibilidade de humanização, crescimento e alcance de objetivos mais amplos quando entendemos que “todos os seres humanos formam uma parte inseparável do tecido que forma a humanidade. Ou seja, o que cada um faz, ou que deixa de fazer, tem consequências na vida dos demais” (Fonte: https://marista.org.br/blog/eu-sou-porque-nos-somos-reflexoes-sobre-a-filosofia-ubuntu-em-nossas-vidas)

Essa filosofia nos ajuda a refletir e agir individualmente tendo o coletivo como referência. Afinal, se cada pessoa estiver motivada, ou seja, com motivos para fazer o seu melhor, o resultado coletivo certamente contribuirá para o cotidiano de todos/todas. Em outras palavras, o comprometimento individual é fundamental e será expresso diariamente por comportamentos e atitudes. Do mesmo modo que a falta de comprometimento será refletida em modos de fazer sem atenção, responsabilidade, desejo e, claro, sem compromisso!

Retomando a frase que despertou o meu desejo de registrar as reflexões “motivação é algo intrínseco”, concluo que realmente a motivação acontece dentro das pessoas, mas pode ser provocada/inspirada por outras! Não há dúvida quanto à importância das relações interpessoais para os resultados pessoais. Resgato ainda o trecho da música do Gonzaguinha ao afirmar: “nós podemos muito, nós podemos mais, vamos lá fazer o que será!”.

Querer crescer sozinho, ser destaque em uma empresa e ter o reconhecimento profissional é possível, mas acredito que o combustível para as conquistas mais significativas é decorrente das ações e interações que envolvem a(s) equipe(s).

Finalizo a trilogia de textos sobre maturidade, disciplina e motivação com um convite às produções compartilhadas daqui por diante. Que tal uma parceria com pessoas que tenham interesse em escrever de forma colaborativa, registrando reflexões de forma articulada? Acredito que existam muitos autores com maturidade, disciplina e motivação para continuarmos a série de publicações acerca de temáticas relevantes e necessárias à atuação profissional em diversas áreas. Que tal?


Os artigos de colunistas são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da equipe do portal Minuto Logístico.



Pedagoga, mestre em educação pela UFF e professora do ensino superior desde 1999 em universidades públicas (UFRJ e UERJ) e privadas (FAMATh, UCAM, UNIVERSO entre outras).


Atualmente atua como coordenadora pedagógica e acadêmica na Faculdade de Tecnologia Senac Rio, desde 2016.






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